jeudi 17 mai 2007

releituras do passado

[Nos Jardins de Afrodite]

Hoje no lago dos impossíveis de Narciso,
Lamento em Naxos que Teseu ainda tarda a
Levar-me ao infinito, adjetivo do Olimpo.
Lugar donde jamais jantaria em meio a vinhos eternos
Contigo, oh Dionísio.

Perdi minhas asas à luz do Sol que a
Este instante levou consigo as ilusões
De um pobre Ícaro que sonhou por demais,
Assim como também secou o orvalho das flores
Do nosso jardim secreto.

De um amor que nem Vênus soube conter,
Entre Eros e Psiquê.
Mas que por Nêmesis tornara-se sucumbido
Pelo proibido.
Não obstante descer ao inferno e dormir um sono
Profundo ao lado de Perséfone.

Só que Zeus negou Olimpo a Cupido.

Júpiter? Onde te escondes? Volta a tua casa e
Traga-me o machado que tanto necessito,
Porque assim clama tua noiva Juno, que aqui te espera.
Com olhos turvos das mágoas que Volúpia trouxe
Com o Teseu de mortes.

Cérbero devora meu corpo das paixões,
Guardião das portas do teu mundo subterrâneo.

Mesmo sem ícaro, a Sicília te espera Dédalo!


[27.12.05]

2 commentaires:

Anonyme a dit…

menina ousada que passeia entre os deuses. você não tem medo? e como foi no jardim? você embriagou-se de felicidade. agora sabemos porquê. e você está mais desenvolta entre os deuses. acasos tornaste-tes uma? ou algum deus enamorou-se de ti? ou o contrário? não há passado. não há tempo. há nós. ti amo.

● My Queiroz a dit…

eu já te contei esse segredo. mais um!

talvez não seja um beijo qualquer..