vendredi 4 mai 2007

comum

Hoje não quero ler belas poesias das quais não vivi.
hoje não vou..

eu sei que não.

Caminho pela casa com um espelho nas mãos. A vida que caminha
apenas de um lado. um lado repetido, confuso, tortuoso.
é deprimente o silêncio que risca o azulejo, rangendo a dor que
minha boca não permite ecoar.

Vem? trai, retrai, abstrai.. mas não deixa de vir!
que meus pés já se cansam dos buracos que faz em agonia.
vem?
que meus inoxidáveis rasgam meus lábios tristes pela falta dos teus.
vem?
que meu corpo queima com a água que deixei cair
assim como a faca cega em seu destino, cortando as mãos que te afagam.


cof
é o barulho.
larga!

é assim que se cansa de um poema.

1 commentaire:

Anonyme a dit…

eu estou aí.
vejo as pegadas que você não deixa. sinto o gosto de ferro e sangue da sua boca. a dor em sua mão. sinto até a maciez arrepiada da tua pele. e ainda sinto o sabor que não te incomoda. o nosso. eu chego cada vez mais perto. e te sinto cada vez mais. e descansarás em meus braços. ti amo.