vendredi 20 avril 2007

a noite

Melhor cenário? impossível!
Chuva molhando asfalto. resfriando os ânimos. um sinal inútil, que só sinaliza o óbvio de um deserto chamado rua. Que a partir de agora se faz meu mundo. E essas árvores que dançam quase sem querer? Queria tanto deixá-las imêmores! Se é que já não são, por vez, embriagadas. Algumas frenéticas, equilibram-se de oculto. Oculto chão que devo ter esquecido em alguma gaveta.
Queria te escrever sobre nuvens que escondem potes de ouro ou até mesmo, luas. Mas o céu hoje parece querer desmaiar. Até se esqueceu do seu nome, da sua lua. Alguns carros de passadas largas não embelezam meu deserto. Até na fuga que desejo, encontro velocidade nas horas.
Pensar em você podia me anestesiar. Só que essa sede parece aumentar.
Não sei caminhar! Declaro inválidas as marchas destes pés que só buscam ré!
Hoje sou vazio. Ar de pulmões cheios de água salgada. Sim, daquelas que eu quis me banhar.
Até o plástico da calçada, que valsa com a brisa, dedica-se mais que eu. E com certeza, reclama menos que o pára-raio.
Coitado pára-raio!
Hoje no meu mundo você é o silêncio da vontade que quero ter. E talvez só exista você para destes circuitos entender.
Essa névoa... Deveria ser meu perfume em você.
Pálpebras de sono? Só quando longe de mim. Mas eu deveria ser assim?
Que vestido louco você tem.
Bom, acho que vou deixar minha alma te visitar em uma esquina de um plano qualquer

2 commentaires:

Anonyme a dit…

Lindo e poético seu texto ;)
Noussa recife tá num diluvio triste... pronta para subir na barca de nóe? auhauhauhauahuahua

Anonyme a dit…

"Hoje no meu mundo você é o silêncio da vontade que quero ter"

Ti amo.